SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 3
A Mandala Astrológica
As
Mandalas
do
Grande Ano e do Pequeno Ano
janine milward
O Grande Ano e
a Precessão dos Equinócios - O Pequeno
Ano e o Mapa Astral - Defasagem entre as
efemérides astrológicas e as efemérides astronômicas
Os Três
movimentos da Terra - O Grande Ano: A Precessão dos Equinócios - A Estrela
Polar - A Era de Aquário
O Mapa Astral e
a Mandala do Tai Chi
Ascendente,
Descendente, Fundo do Céu e Meio do Céu
Signos e
Zodíaco - As doze casas astrológicas
O Mapa Astral:
manifestação do desejo da Alma
O que é uma
Mandala? A meu ver, uma mandala seria a forma mais próxima de representação do
simbolismo do universo que se encontra em torno a nós. Certamente essa forma
pode ser simbolizada através de suas variações, todas, no entanto, advindas das
imagens do inconsciente reveladas através do consciente. O inconsciente é
aquele que sabe - a biblioteca do conhecimento do universo reside dentro do
inconsciente pessoal e coletivo e nossa missão é sempre trazer esse
conhecimento à tona de nossa consciência pessoal e coletiva, em nossas vidas
neste Planeta.
De uma maneira
geral, as Mandalas são circulares, podendo, por vezes, encontrarmos mandalas
contidas em quadrados. Antigamente, o
quadrado representava a Terra enquanto o círculo representava o Céu. Ainda na
Idade Média, os mapas astrais eram configurados sob forma quadrada,
representando a Terra que acolhia em si as Estrelas Fixas, os Pontos Médios, e
os signos do Zodíaco com seus Luminares,
o Sol e a Lua, e os Planetas.
Penso que a
mandala circular é uma representação da visão que temos do mundo que nos
rodeia.... que sempre nos parece redondo porém com achatamentos tanto na
direção mais ao norte quanto na direção mais ao sul. Isso acontece a partir do
fato de nossa Terra possui sua forma arredondada porém achatada em seus
pólos...
Assim, existe a
mandala correspondentes à nossa Terra - que no caso da Astrologia é revelada
graficamente através do Mapa Astral e as mandalas correspondentes ao Céu - que
no caso da Astronomia são as Cartas Celestes desenhando o céu que vemos em
torno a nós...
Essas mandalas são as Mandalas do Pequeno Ano e as
Mandalas do Grande Ano. O Pequeno Ano eu denomino o Mapa Astral - ou seja, a
fotografia do céu no momento do evento, contendo as Estrelas Fixas e os Signos
do Zodíaco contendo os Luminares e os Planetas. O Grande Ano é o chamado Ano
das Eras ou Precessão dos Equinócios, ou seja, cerca de 26 mil anos
pertencentes ao relógio cujo ponteiro vai passeando por cada um dos signos do
Zodíaco num período de dois mil e poucos anos.
Certamente,
ambas essas mandalas são relativas à civilização da Terra - de acordo com seu posicionamento
dentro do nosso Sistema Solar. No entanto, vale lembrar que a Mandala do Grande
Ano ou da Precessão dos Equinócios é estabelecida através dos cálculos
astronômicos em suas efemérides baseadas no céu real e objetivo. No caso da
Mandala do Pequeno Ano - o Mapa Astral - seus cálculos continuam sendo
realizados astronomicamente porém não levando em conta a própria Precessão dos
Equinócios ou Mandala do Grande Ano. As efemérides astrológicas são baseadas no
céu subjetivo, ou seja, o céu que se inicia a 00 de Áries, o signo do Começo.
Essa é, na
verdade, uma - ou a maior - das grandes questões levantadas principalmente
pelos astrônomos em relação à autenticidade da leitura astrológica do céu: o
fato de haver uma imensa defasagem entre as efemérides astrológicas e o
posicionamento astronômico dos astros e estrelas no céu....
As efemérides
astrológicas - como hoje a conhecemos -
advindas da antigüidade dos povos do médio oriente que habitavam a
antiga Caldéia e a antiga Suméria - ao longo dos rios Tigre e Eufrates, foram
estabelecidas, formalizadas tomando o signo de Áries como O Começo e assim por diante, dando
continuidade aos outros signos - que nem sempre foram os 12 signos hoje conhecidos.
Houve um
momento – ainda durante a Era de Áries - quando o céu astrológico e o céu
astronômico eram idênticos – ou seja, as
posições dos luminares, sol e lua, e dos planetas visíveis – era bem as
mesmas.... Dessa forma, o ponto do
equinócio marcado por Áries, a
primavera, era o 00 grau, equilibrado pelo ponto oposto de equinócio do outono
marcado por Libra (ou pelas Garras do Escorpião), marcando os 180 graus. A meio
caminho, encontrava-se o ponto que marcava naquela época o solstício do verão, no signo de
Câncer, ou os 90 graus, e, em seu lado oposto, o ponto do solstício do inverno,
no signo de Capricórnio, ou os 240 graus.... finalizando no signo de Peixes até
novamente se encontrar com o signo de Áries, perfazendo a totalidade dos 360 graus
do céu astrológico.
Porém com a
precessão dos equinócios o céu astronômico, obviamente, acompanhou as mudanças
e o céu astrológico não. Hoje em dia existe uma defasagem de cerca de menos 24
graus em relação às efemérides astrológicas e o posicionamento dos astros do
céu astronômico.
Também o céu astronômico – que é o real – não
conta o Zodíaco com apenas doze signos e sim treze (inclui Ofiúco) e mostra os
planetas passeando por outros signos dos arredores.... bem como não leva em
consideração a divisão em 360 graus como na astrologia.
Dessa forma, a
astrologia dimensiona o Zodíaco em 360 graus, com 30 graus para cada um dos
doze signos.... Astronomicamente, Virgem é uma constelação enorme enquanto
Câncer, por exemplo, é pequenininha.... Essa é, com certeza, uma grande
dicotomia entre a Astrologia e a Astronomia.....
A astronomia
ciência objetiva e a astrologia é uma ciência subjetiva A astronomia trata do céu como ele realmente
se apresenta: uma manifestação da materialização da natureza. A astrologia trata do céu como ele realmente
se apresenta: uma manifestação da
sincronicidade e arquetipologia da natureza e em se tratando de arquétipos, a
sincronicidade universal existe e permanece.
...............
Eu me lembro
com muito carinho do meu tempo de criança quando ficávamos meus irmãos e eu
deitados sobre a enorme caixa d’água no terraço em minha saudosa casa na
Friburgo de outrora, com noites verdadeiramente escuras de céu transparente....
Ficávamos horas e horas olhando, extasiados, as estrelas, adivinhando nossas
próprias constelações, nomeando nossas próprias estrelas, nos deixando envolver
pelo manto de renda delicada e branca da Via Láctea nas noites geladas de
inverno das montanhas do passado......
E quando, bem
mais tarde, eu já havia apreendido as efemérides astrológicas, foi muito
simples para mim voltar a olhar para o céu e rapidamente relacionar estas
efemérides com aquelas da astronomia. Na
verdade, eu passei a estudar a astronomia depois
de ter me aprofundado na astrologia..... Também assim acontecia em tempos mais
antigos: astrônomos e astrólogos poderiam ser a mesma pessoa, não havia
dicotomia de ideais entre ambas as ciências e sim uma forma mais holística de
ser - e menos preconceituosa, certamente.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward